A colheita de trigo nas principais regiões do Brasil tem potencial de crescer mais 1,5 toneladas.
A intenção dos produtores e da indústria é que o Brasil seja autossuficiente em sua produção, deixando de depender da Argentina e Ucrânia.
Segundo a Associação Brasileira de Trigo (Abitrigo), a tendência é que o Brasil produza 10 toneladas, ficando acima da projeção do governo de 9 milhões de toneladas.
Pesquisa
Os investimentos para aumentar a área e a produção de trigo sugerem que o Brasil, importador líquido, pode ser autossuficiente no cereal em cinco anos, mais rápido do que os 10 anos previstos pelo governo.
Já que em 4 anos o Brasil produzia 6 milhões e passou a produzir 40% a mais.
A Embrapa identificou locais em que o rendimento das lavouras está abaixo do potencial e poderia melhorar com a adoção de recursos já disponíveis.
O estudo foi realizado com 29 cooperativas, abrangendo 457 municípios de 79 microrregiões nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais, além do Distrito Federal.
No estudo com o trigo, foi analisada a série histórica de dados de produtividade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2003 a 2018, e comparadas microrregiões dentro da mesma Região Homogênea de Adaptação de Cultivares de Trigo conhecidas como (RHACT).
São quatro RHACTs no Brasil, que delimitam áreas com condições semelhantes de temperatura, chuva e altitude, fatores que condicionam o rendimento da triticultura.
Em cada RHACT, a equipe da Embrapa identificou, a partir dos dados do IBGE, a microrregião com maior produtividade alcançada em um determinado ano, por meio das médias registradas em cada município.
As expectativas são confiantes de que o Brasil seja autossuficiente em trigo graças às pesquisas realizadas.