Capim sudão BRS-estribo, uma variedade inovadora!

A cultivar de capim-sudão BRS Estribo é uma opção interessante para uso e diversificação das pastagens anuais de verão. Indicada para pastejo e cobertura do solo. Destaca-se pela boa produção de forragem, possibilidade de semeadura precoce, longo ciclo de produção, rusticidade no que se refere à seca e às condições nutricionais do solo e grande flexibilidade de manejo.

Dada a baixa oferta de cultivares forrageiras de verão registradas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e adaptadas à Região Sul do Brasil, a tecnologia atende às necessidades dos produtores e possibilita alta produção de forragem e atrativo desempenho animal em termos de ganho de peso por hectare.

Quem ganha com isso

Produtores rurais com atividade pecuária de corte e leite.

Abrangência geográfica

Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Benefícios econômicos

Os benefícios econômicos gerados com a cultivar de capim-sudão BRS Estribo têm entusiasmado pecuaristas e produtores de leite na região Sul do país. Somente no ano de 2015 foi gerado um ganho adicional de R$ 77 milhões, somadas a venda de carne, a economia nos custos de produção de leite e a venda de sementes. Na pecuária de leite, possibilita uma redução de custos em função da diminuição dos desembolsos com concentrados e silagem, que costumam pressionar os custos dessa categoria de produtores.

De acordo com o Relatório Anual de Avalição dos Impactos das tecnologias Geradas pela Embrapa no ano de 2015, o total de área plantada com o capim-sudão BRS Estribo totalizou 340 mil hectares, tanto em áreas de produção de carne como para leite. Ao se falar no valor gerado com a produção de carne, os dados colhidos junto à produtores mostram que cada hectare em que foi utilizada a tecnologia BRS Estribo conseguiu-se produzir, em média, 24 quilos a mais que o proporcionado pela forrageira anteriormente utilizada pelo produtor (o sorgo forrageiro, segundo dados do Relatório de Impactos). Segundo dados da Emater, o preço do boi vivo custava na época R$ 5,30. Esse número multiplicado pelos 310 mil hectares plantados gerou um ganho adicional de R$ 36 milhões somente em carne.

Já na bovinocultura de leite, as cifras se referem à economia de custos proporcionada pela forrageira BRS Estribo. Com o ciclo mais longo desta cultivar, os produtores de leite puderam reduzir os custos com ração. Em um universo de 30 mil hectares plantados isso resultou em um valor próximo a R$ 24 milhões.

Nos primeiros experimentos realizados pela Embrapa Pecuária Sul, ficou constatado que a produção intensiva de carne a pasto, tendo o BRS Estribo como base, foi bastante competitiva em relação às demais forrageiras anuais de verão. No pastejo contínuo, a média de ganho individual diário foi de 704 gramas por animal e o ganho por área foi de 361,7 quilos de peso vivo por hectare. Já no pastejo rotacionado, os experimentos obtiveram um ganho diário de 710 gramas por animal e ganho por área de 266,4 quilos de peso vivo por hectare.

Parceiros

Associação Sul-brasileira para o Fomento de Pesquisa em Forrageiras – Sulpasto

Esta solução tecnológica foi desenvolvida pela Embrapa em parceria com outras instituições.